UCE e qualidade de vida

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Além do incômodo físico causado pela urticária com o aparecimento dos vergões (urticas) e da coceira (prurido), a doença tem um impacto significativo na qualidade de vida das pessoas, tanto no aspecto social e emocional quanto no econômico.1 Isso porque esta é uma doença imprevisível e limitante, com coceiras que podem ser debilitantes e lesões doloridas, atrapalhando o sono, a concentração e o convívio com outras pessoas.1,2

O pouco conhecimento sobre a doença pode colocar o paciente em situações constrangedoras, principalmente quando há confusão sobre o não contagio de pessoa para a pessoa. Ansiedade, depressão e baixa autoestima são comuns em pessoas com urticária crônica espontânea, que têm sua rotina bastante afetada pela doença.3-7

Para se ter uma ideia, o impacto da urticária crônica espontânea na qualidade de vida dos pacientes é similar ao de doenças cardíacas, e maior do que o causado por outras doenças dermatológicas como hanseníase,9,10 psoríase em placas10,11 e dermatite atópica.8,12

Pacientes com angioedema podem sofrer ainda mais, deixando atividades de lazer e esportivas de lado, ou mesmo provocando ausência no trabalho ou na escola.8

Conheça alguns dos impactos negativos na rotina de pessoas com urticária:4

  • 73% afirmam que têm suas atividades físicas afetadas;
  • 84% destacam que restringem suas saídas para comer e beber, devido à exposição;
  • 73% dizem que têm convites sociais cancelados;
  • 73% sentem impactos negativos em sua vida sexual.

 

A urticária crônica espontânea também está frequentemente associada a ausências na escola e no trabalho, o que traz ainda impacto econômico na vida dos pacientes.7

Por isso, o controle completo da doença é imprescindível. O diagnóstico correto deve ser realizado por um médico especialista, bem como um acompanhamento próximo e com tratamento que pode ir além do uso de medicamentos.


Referências

1. Kang MJ, et al. The impact of chronic idiopathic urticaria on quality of life in korean patients. Ann Dermatol 2009;21:226–9.Kang MJ, et al. Ann Dermatol 2009;21:226–9.
2. Maurer M, et al. Unmet clinical needs in chronic spontaneous urticaria. A GA²LEN task force report. Allergy 2011;66:317–30.
3. Maurer M, et al. Practical algorithm for diagnosing patients with recurrent wheals or angioedema. Allergy 2013;68:816–819.
4. O’Donnell BF, et al. The impact of chronic urticaria on the quality of life. Br J Dermatol 1997;136:197–201.O’Donnell BF, et al. Br J Dermatol 1997;136:197–201.
5. Barbosa F et al. Chronic idiopathic urticaria and anxiety symptoms. J Health Psychol 2011;16:1038–47.
6. Engin B, et al. The levels of depression, anxiety and quality of life in patients with chronic idiopathic urticaria. J Eur Acad Dermatol Venereol 2008;22:36–40.
7. DeLong LK et al. Annual direct and indirect health care costs of chronic idiopathic urticaria: a cost analysis of 50 nonimmunosuppressed patients. Arch Dermatol 2008;144:35-9.
8. Silvares MRC et al. Quality of life in chronic urticaria: a survey at a public university outpatient clinic, Botucatu (Brazil). Rev Assoc Med Bras 2011;57:577-82.
9. Budel AR et al. Profile of patients affected by Hansen’s disease seen at the Outpatient Clinic of Dermatology at Hospital Evangélico de Curitiba. An Bras Dermatol. 2011 Sep-Oct;86(5):942-6.
10. Jacobi A et al. Comorbidities, metabolic risk profile and health-related quality of life in German patients with plaque-type psoriasis: a cross-sectional prospective study. Int J Dermatol. 2013 Sep;52(9):1081-7.
11. Augustin M et al. Disease severity, quality of life and health care in plaque-type psoriasis: a multicenter cross-sectional study in Germany. Dermatology. 2008;216(4):366-72.
12. Baron SE et al. The effect of dermatology consultations in secondary care on treatment outcome and quality of life in new adult patients with atopic dermatitis. Br J Dermatol. 2006 May;154(5):942-9.