Assumir, aprender e fazer

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Olá! Como vai?

Nós que recebemos o diagnóstico de uma doença crônica, sem cura e ainda progressiva temos um papel fundamental em nosso tratamento. Na esclerose múltipla, por exemplo, aprendi que não é apenas o médico fechar o diagnóstico e indicar o medicamento que tudo está encerrado. Temos uma grande responsabilidade pela frente a partir desse momento, inclusive na investigação pelo diagnóstico. Devemos anotar todos os sintomas, sensações e até esquisitices que nos aconteceram para auxiliar o médico num primeiro exame clínico.

Após esse momento, a responsabilidade será outra, pensarmos juntos qual será o melhor remédio, reparar como estamos nos saindo com o medicamento, efeitos colaterais e ou adversos, sempre comunicando ao médico acompanhante da EM.

Com o tratamento iniciado devemos ficar sempre atentos aos exames necessários para controle, pois cada remédio tem um tipo de manutenção no tratamento, como exames de sangue, cardíacos, dermatológicos, oftalmológicos e assim por diante.

Quando nesse caminho do tratamento notar alguma diferença, como uma sensação, uma fraqueza ou um desequilíbrio, comunique ao médico imediatamente. A agilidade em saber se está tendo um surto ou não é extremamente importante para seu prognóstico.

O relacionamento do paciente com seu médico deve ser próximo e de grande confiança mútua. Eu como paciente informo tudo que está se passando comigo em relação a minha saúde e até mesmo sobre fatos da vida cotidiana, como alguns episódios que nos causam um grande estresse.

Desta forma o médico pode responder o mais rápido possível com base em suas impressões e a partir de seus conhecimentos e experiências. Quando o caso é mais grave, entra em contato comigo e recomenda o que deve ser feito.

Quando chegamos na consulta declarando tudo que notamos de diferente, com as ressonâncias em mãos, estamos ajudando o profissional a detectar se pode ter havido uma falha terapêutica em nosso tratamento – quando o organismo para de responder ao medicamento que você está utilizando.

Hoje em dia, como os medicamentos são mais eficazes para conter os surtos, esse não é mais um parâmetro para constatar a falha terapêutica, já que o paciente pode estar bem clinicamente e sem novos surtos, apesar de a ressonância magnética mostrar novas lesões e atividade da doença.

E aí chega a hora de o paciente e seu médico entrarem num acordo da mudança de medicamento, de colocarem na balança a relação custo-benefício dessa troca.

O importante é sempre participar do seu tratamento, com seriedade e muita responsabilidade. A informação é o melhor remédio, e temos que lembrar disso especialmente quando nos comunicamos com aqueles que cuidam de nós.

O lema é assumir, aprender e fazer!!!!

Vamos lá!

Por Fabi, da AME*


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