O diagnóstico da asma grave

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O primeiro passo para o diagnóstico correto da asma grave é uma comunicação clara e assertiva entre médico e paciente. É importante que a pessoa com asma relate sempre a existência, duração e a gravidade dos sintomas em sua rotina e de que forma impacta em suas atividades diárias, em que situações estão atreladas crises e dificuldade para respirar.1,2

Em seguida, o médico busca a exclusão dos diversos fatores que podem confundir o verdadeiro fator que desencadeia os sintomas no paciente. Ou seja, é preciso certificar-se que não há outros fatores desencadeantes e se o paciente realmente apresenta asma grave.1,2

Assim, é preciso que o médico avalie as seguintes situações:

  • Doenças concomitantes e que possam apresentar sintomas semelhantes, como disfunção das cordas vocais, estenose traqueal, síndrome de hiperventilação, rinossinusite, refluxo gástrico, hipertiroidismo, dentre outras.3
  • Fatores agravantes, como exposição a alérgenos, uso de medicamentos como beta-bloqueadores, antiinflamatórios não esteroidais e inibidores da ECA.2
  • Adesão ao tratamento. É preciso avaliar se o paciente está realmente fazendo uso correto da terapia medicamentosa e das recomendações terapêuticas.4

 

Uma variedade de exames está disponível para auxiliar no diagnóstico da asma, desde testes de função pulmonar, testes de alergia, radiografia do tórax, tomografia computadorizada, até hemogramas e estudo de escarro induzido. Mas o exame mais comum que auxilia o médico a avaliar o problema nos pulmões é a função pulmonar ou espirometria.1,5

O teste de função pulmonar é realizado com um tubo ligado a um computador. O paciente assopra o tubo e tem sua função pulmonar medida. Caso haja uma crise de asma nesse momento, o procedimento é repetido após o uso de um broncodilatador. O exame é capaz de medir a quantidade de ar exalada e a capacidade de colocar o ar para fora.1

Há ainda outros exames que podem ser necessários e solicitados pelo médico especialista, como teste de óxido nítrico6 e gasometria arterial.7


Referências

1. Site do National Heart, Lung, and Blood Institure (NHLBI) do National Institutes of Health. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/asthma/diagnosis. Último acesso em dezembro de 2014.
2. Site do National Heart, Lung, and Blood Institure (NHLBI) do National Institutes of Health. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/asthma/signs. Último acesso em abril de 2015.
3. Site WebMed. Disponível em: http://www.webmd.com/asthma/guide/asthma-mimcs. Último acesso em abril de 2015.
4. Site do National Heart, Lung, and Blood Institure (NHLBI) do National Institutes of Health. Disponível em: http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/asthma/livingwith. Último acesso em abril de 2015.
5. Site da Asthma and Allergy Foundation of America (AAFA). Disponível em: http://www.aafa.org/display.cfm?id=8&sub=104&cont=862. Último acesso em dezembro de 2014.
6. CHATKIN JOSÉ MIGUEL, DJUPESLAND PER, QIAN WEI, HAIGHT JAMES, ZAMEL NOE. Óxido nítrico exalado no diagnóstico e acompanhamento das doenças respiratórias. J. Pneumologia [Internet]. 2000 Feb [cited 2015 Apr 14] ; 26( 1 ): 36-43.
7. McFadden ER Jr, Lyons HA. Arterial-blood gas tension in asthma. N Eng J Med 1968; 278:1027.