Infelizmente a asma ainda não tem cura, mas existem tratamentos capazes de controlar a doença a ponto de o paciente conseguir ter uma vida normal.1
A grande maioria dos asmáticos afirma que a doença está controlada, quando na verdade não está.1 O fato é que a maioria já se acostumou com os principais sintomas da asma, como tosse e falta de ar, e acreditam que essa é a normalidade da sua vida.
A campanha Asma Sem Sintomas surgiu para alertar aos mais de 20 milhões de brasileiros2 que sofrem de asma que não é normal conviver com os sintomas e que a doença deve ser tratada corretamente para não se agravar.
O que é asma?
Asma é uma doença inflamatória que atinge os brônquios, canais por onde o ar passa para chegar aos pulmões. Nos pacientes asmáticos estes canais estão mais estreitos, o que dificulta a passagem de ar fazendo com que os sintomas da asma apareçam. Mesmo fora das crises, estas vias ficam inflamadas e reagem de maneira anormal aos estímulos. Por isso é importante manter o tratamento mesmo quando se está bem.1-4
Principais sintomas da asma
Os sintomas mais característicos da doença são a tosse, falta de ar, chiado e aperto no peito e despertar noturno. Normalmente os sintomas pioram à noite e nas primeiras horas da manhã.1 Se você tem asma e apresenta algum destes sintomas, sua asma pode estar descontrolada.
Conheça os tipos de asma
Existem muitos tipos diferentes de asma.1 Dentre os mais comuns, temos:
- Asma alérgica: forma mais comum de asma. Nos pacientes com asma alérgica, substâncias comuns como pólen, pelo de animais, partículas de insetos, causam uma reação exagerada no organismo que pode levar a crises de asma. Normalmente os primeiros sintomas aparecem na infância e adolescência. Pessoas com este tipo de asma devem evitar entrar em contato com as substâncias as quais são alérgicos.
- Asma não alérgica: algumas pessoas têm asma que não está associada à alergia. Estes casos aparecem normalmente na vida adulta e são desencadeados por fatores como cheiros fortes, poluição e cigarro. Estes fatores, por serem irritantes para o sistema respiratório, podem causar crises também na asma alérgica.
- Asma de início tardio: algumas pessoas, principalmente mulheres, podem desenvolver asma pela primeira vez na vida adulta. Normalmente estas pacientes têm um perfil não alérgico.
- Asma com obesidade: alguns pacientes obesos podem desenvolver sintomas respiratórios.
Como a gravidade da asma é classificada?
A gravidade na asma, ao contrário da maioria das outras doenças, não é definida apenas pelos seus sintomas, e sim pelas medicações que o paciente precisa para manter a doença controlada. Ou seja, dependendo de qual medicação o paciente precisou para manter sua asma sem sintomas, a doença é classificada como leve, moderada ou grave.1
Principais diferenças entre asma e bronquite
Asma e bronquite comumente são utilizadas como sinônimos, mas são doenças diferentes. Apesar dos sintomas como chiado e tosse serem parecidos nas duas doenças, na asma estes sintomas não são contínuos,1 tendo períodos de melhora e piora ao longo dos anos. Apesar disso, a asma exige um tratamento contínuo para o paciente viver sem sintomas. Já a bronquite em sua maioria é causada por agentes infecciosos como vírus e bactérias, ou, em uma menor parte, por agentes irritantes como a poluição ou cigarro. Ela pode ser aguda, tendo duração de até 3 semanas, ou crônica, levando tempo maior para ser tratada.5
Portanto, se você tem asma, fez ou faz tratamento e ainda apresenta sintomas, isso significa que a doença pode estar fora de controle. Neste caso, o ideal é procurar um médico pneumologista ou alergologista para investigar melhor.
Com o tratamento correto é possível viver sem sintomas e com qualidade de vida!
Referências
1. Global Initiative for Asthma (GINA). 2024 GINA Report, Global Strategy for Asthma Management and Prevention. Disponível em: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2024/05/GINA-2024-Strategy-Report-24_05_22_WMS.pdf Acesso em maio de 2025.
2. To T et al. Global asthma prevalence in adults: findings from the cross-sectional world health survey. BMC Public Health. 2012 Mar 19;12:204.
3. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Recomendações para o manejo da asma grave da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – 2021. J Bras Pneumol. 2021;47(6):e20210273. Disponível em: https://cdn.publisher.gn1.link/jornaldepneumologia.com.br/pdf/jbp2021-0273PT637713659788378351.pdf Acesso em maio de 2025.
4. ECOS em Alergia e Imunologia. Asma Brônquica, Bronquite Asmática, Bronquite Alérgica – Muitos Nomes para o Mesmo Problema. Disponível em: https://educostamd.wordpress.com/2007/01/31/asma-bronquica-bronquite-asmatica-bronquite-alergica-muitos-nomes-para-o-mesmo-problema/ Acesso em maio de 2025.
5. Albert RH. Diagnosis and treatment of acute bronchitis. Am Fam Physician. 2010;82:1345-1350.
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