Eu tinha 29 anos, trabalhava com comércio exterior e estava prestes a tirar férias. Namorava o Diego havia um ano. A gente ainda não sabia, mas em poucos dias teríamos que abandonar grandes planos, desarrumar malas e aquietar sorrisos. A vida exigiria da gente coragem para escalar um muro alto, sem ao menos termos tempo suficiente para nos fortalecer.
Faltava um mês para viajármos juntos, pela primeira vez, para a Europa. Eu sentia dores fortes na coluna e procurei um médico na esperança de resolver o problema antes do embarque. Não seria nada grave. Eu era uma mulher jovem, que mal pegava resfriados, e passava longe de hospitais — até descobrir que poucos segundos podem virar do avesso uma história de vida. O resultado da ressonância mostrou que as dores eram tudo o que eu não imaginava: um câncer em estágio avançado.

Eu tenho um apagão gigante daquela primeira consulta – talvez uma defesa mesmo do meu organismo. Mas lembro bem da quantidade de amor que eu recebia assim que as pessoas próximas iam recebendo notícias.
Naquele momento tudo o que eu queria ouvir era que daria certo, mesmo que eles não tivessem essa certeza.
As primeiras consultas foram bem difíceis mas a confiança e acolhimento do meu médico, me passou segurança e coragem.
Meu maior medo era morrer, eu estava no momento mais feliz da minha vida e eu tinha pena de morrer. Eu queria realizar tantas coisas ainda…
Minhas maiores dúvidas eram em relação ao tratamento. Como seria, quanto tempo iria durar, quais seriam meus efeitos colaterais e conversando com meu oncologista essas dúvidas foram sendo esclarecidas dia após dia.
Uma lição muito importante que aprendi durante esse processo é que temos que fazer a nossa parte também. Uma mudança de hábitos transformou meu prognóstico. Um corpo forte faz toda a diferença em um tratamento oncológico.
E outra lição – clichê mas real – é que o amor é o tratamento mais curativo que existe.
O apoio das minhas amigas foi essencial no meu dia a dia de tratamento. Elas disputavam entre elas quem me acompanharia nas sessões de quimioterapia e era sempre um momento leve, com lanches gostosos, balões e sorrisos.
No final desse processo eu percebi que sou muito mais forte do que imaginava. Eu venho vencendo um câncer metastático com uma sequência de PET SCAN limpos, coisa que eu nem imaginava que um dia seria possível.
Se eu pudesse deixar uma mensagem para quem acabou de descobrir um câncer seria: O diagnóstico não é o fim da sua história — é só o começo de um capítulo que você vai escrever com coragem, apoio e esperança.
Eu sei que agora parece que o chão sumiu e que mil perguntas estão na sua cabeça. Respira. Você não está sozinha. Existe tratamento, existe vida durante e depois do câncer, e há muitas pessoas prontas para caminhar com você nessa jornada. Um passo de cada vez — e cada passo já é uma vitória.

Anna Carolina Fernandes
41 anos e há 11 trato um câncer de mama metastático.
Sou autora do @fevereirorosa onde busco, através do meu perfil, auxiliar pacientes em tratamento apresentando informações de qualidade, falando de autocuidado e qualidade de vida, apesar do diagnóstico.
Depoimento real da paciente Anna Carolina Fernandes.
Para mais informações acesse www.saude.novartis.com.br/cancer-de-mama.
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